Retirado do blog do jornalista Renato Pompeu:
O jornal americano Los Angeles Times publica reportagem de Megan K. Stack que descreve um comício em Komarom, na Hungria, à beira do rio Danúbio, na fronteira com a Eslováquia, do Partido Jobbik, que com sua campanha contra os Roma (nome que os ciganos dão a si mesmos, sendo assim o seu nome politicamente correto) cresceu do nada até atingir 15 por cento dos votos húngaros para o Parlamento Europeu.
Milicianos desse partido neofascista usavam óculos escuros inteiriços, coletes de couro e botas de combate, tendo ao pescoço faixas listradas de branco e vermelho, semelhantes às usadas pelos pró-nazistas da Hungria nos anos 1930 e 1940. Entoavam cânticos como "Tomem as armas nas mãos. Esta é a última luta e vamos vencer. Persistência. Posso ter botas grandes. Você pode me atirar pedras. Mas ainda é o meu país, aqui fica meu berço".
Do milhão de ciganos húngaros dos anos 1930, 250 mil foram exterminados por nazistas húngaros e alemães, num Holocausto pouco divulgado. Os ciganos foram relativamente protegidos pelas autoridades húngaras durante o regime comunista.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Um herói do nosso tempo
CONVITE
SESSÃO DE CINEMA
Local: Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH)/UFSC (ver mapa no final - entrada pela Carvoeira)
Data: 14 de outubro de 2009
Horário: 18h30
Ingresso: doação de um livro para a Campanha do Livro da Wizo/AIC, para ser entregue à Biblioteca da Comunidade Indígena Guaraní do Morro dos Cavalos
A AIC, em parceria com o Programa de Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina, está promovendo uma sessão de cinema, com o premiado filme Um Herói do Nosso Tempo, do diretor Radu Mihaileanu, (2004), realização França/Israel.
Este filme recebeu os seguintes prêmios:
Festival de Berlim
Melhor filme:
Grande Prêmio do Júri
Grande Prêmio do Público
Prêmio do Júri Ecumênico
Festival de Copenhagen
Melhor filme
Melhor Roteiro
Sinopse:
Sholomo não escolheu onde ia nascer, o destino se encarregou de colocá-lo num dos piores lugares do mundo em termos de condições de sobrevivência. Nasceu, negro, pobre, cristão e etíope. Perdeu os irmãos, o pai, e por fim tinha acreditado que a própria mãe o tinha abandonado para viver nas mãos de brancos que testavam sua religiosidade, no caso o judaísmo, durante todo o tempo.
Sua mãe sabia o que estava fazendo ao entregar Sholomo a uma ‘segunda mãe’ para que ele tivesse alguma chance e sair daquele flagelo que assolava milhões na Etiópia. Essa ‘madrasta’, que o levou embora, era da tribo dos Falashas, judeus etíopes que são da linhagem da Rainha de Sabá e, conseqüentemente, tinham lugar garantido em Israel. E foi justamente nas mãos dos judeus, que têm toda um histórico de perseguição, que ele aprendeu o que é o preconceito.
Nesta segunda etapa de sua vida acontece o que ele menos esperava, sua segunda mãe morre, Sholomo fica a deriva e desprotegido numa terra desconhecida, onde agentes do governo israelense caçam falsos Falashas que se infiltram entre os verdadeiros para fugirem da fome que castigava a Etiópia. Ele conhece uma terceira mãe ao ser adotado, conhece também o que é ser diferente, o que é ser negro numa terra de maioria branca. Numa das cenas mais bonitas do filme, sua mãe israelense beija e lambe seu rosto para mostrar a outras pessoas que seu filho não era doente, e sim diferente.
O diretor Radu Mihaileanu demosntra uma grande sensibilidade ao enfocar a busca pela identidade. Talvez Radu tenha se inspirado na própria vida. O diretor saiu quando pequeno da Romênia para morar com seu tio na França. Além dessa busca do Eu, o filme capta os contextos daquela região do globo onde, apenas o fato de admirar um Deus com outro nome, é capaz de causar atritos que muitas vezes acabam em conflito bélico.
E é nesse contexto que Sholomo, já adulto, entra para o exército israelense como médico. Numa das cenas finais Sholomo é questionado por seu superior ao atender uma criança palestina que estava ferida, e que sua função ali era cuidar apenas dos soldados israelenses. “Entende?”, pergunta o seu superior ao final da conversa, mas Sholomo não entende o mundo pelo ângulo da diferença. Ninguém consegue entender até hoje. E a frase de Jesus no começo do texto sobre perdoar o próximo, mesmo quando esses afetam os interesses individuais e coletivos, fica sem sentido num mundo rancoroso e cheio de preconceitos.
Ao final da sessão teremos debate, e serão servidos bebidas e snacks.
NÃO PERCAM!!!
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Frente 3 de Fevereiro
Uma das apresentações do grupo. Não há informações da autoria da foto.
A Frente 3 de Fevereiro é um grupo transdisciplinar de pesquisa e ação direta acerca do racismo na sociedade brasileira. Sua abordagem cria novas leituras e coloca em contexto dados que chegam à população de maneira fragmentada através dos meios de comunicação. As ações diretas criam novas formas de manifestação acerca de questões raciais.
Para pensar e agir em uma realidade em constante transformação, permeada por tranformações culturais de diversas escalas e sentidos, se fazem necessárias novas estratégias. A Frente 3 de Fevereiro associa o legado artístico de gerações que pensaram maneiras de interagir com o espaço urbano à histórica luta e resistência da cultura afro-brasileira.
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